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As pegadas da coelha

"Transforma-te na tua melhor versão"

Desafio de Quaresma: desintoxicação do corpo e da mente

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O Carnaval já lá e vai e com ele toda a folia associada. Diz a religião católica que é tempo de sacrifício e do chamado jejum da carne nos 40 dias antes da Páscoa. Colocando opções religiosas de parte, este período que inicia hoje trouxe-me uma certa inspiração e mesmo concordância com a perspetiva do Papa Francisco, segundo ele devemos aproveitar está época para fazermos:

 

  • jejum de palavras negativas e dizer palavras bondosas;
  • jejum de descontentamento e enchermo-nos de gratidão;
  • jejum de raiva e enchermo-nos de paciência;
  • jejum de pessimismo e enchermo-nos de esperança e ótimismo.

 

Temos hoje, dia um de Março, dia após o Carnaval um oportunidade para jejuarmos e colocarmos mãos à obra para novas práticas. Desafio-vos hoje a estabelecerem novos padrões, novos modos de fazer e pensar para a vossa vida. Dizem que um hábito se cria em vinte e um dias, nós temos 40 a partir de hoje até ao próximo dia 16 de Abril para instituirmos na nossa vida uma mudança dia após dia. Hoje é um novo começo, uma nova oportunidade para fazermos jejum de tudo o que nos intoxica e criarmos um novo Eu, mais saudável e revitalizado. É hoje dia de darmos ao nosso corpo aquilo que ele necessita, simplesmente porque Eu Mereço!

 

Desafio-vos a começarem comigo uma jornada de bem-estar físico e psíquico, mas um desafio grandioso que não irá servir para pessoas de vontade fraca. Hoje é o dia em que me comprometo a mimar o meu corpo com aquilo que ele realmente necessita, nutri-lo com os alimentos que precisa e exercita-lo como uma prioridade. Vou optar por produtos naturais ao invés dos químicos, vou fazer do meu corpo o meu templo.

Durante os próximos quarente dias vou também cuidar da minha mente, se preparo meu corpo para sair de casa todos os dias, também tenho de preparar a minha mente. Este desafio mental que vos proponho tem como objetivo instituir hábitos que nos permitam usufruir de um novo nível de sucesso pessoal e profissional.

 

Para colocarmos em marcha a nossa ação precisamos de limpar o jardim da nossa mente e estarmos conscientes dos possíveis desvios que podem surgir causados pelos nossos hábitos anteriores. Quando esses padrões surgirem, o que temos de fazer é:

 

  • ter definido o que realmente queremos, que é ter controlo sobre a nossa vida;
  • termos uma alavanca, imagina o quão maravilhoso seria passar a ter controlo da nossa mente, corpo, relacionamentos e finanças.
  • interromper o padrão que nos restringe e iniciar uma Dieta Mental, assumirmos as rédeas e todos os pensamentos, eliminando os negativos  que nos aprisionam.

 

Posto isto, nos próximos quarenta dias vamos assumir o controlo das nossas emoções e da nossa mente, decidindo agora que não vamos remoer pensamentos e emoções desgastantes. Vamos limpar o nosso corpo de tensões tóxicas e com esta consciencialização constante vamos com certeza darmos conta da quantidade de pensamentos limitadores que nos tornam improdutivos todos os dias e nos impedem de uma vida detox e com mais energia.

 

Os problemas estão lá, não podemos fazer de conta que nada se passa, mas podemos mudar a forma como nos colocamos perante o desafio.

 

 

"Na vida, não gastes mais do que dez por cento do teu tempo com o problema e gasta pelo menos noventa por cento do teu tempo com a solução."

 

 

Neste nosso objetivo, a ideia é gastar 100% do tempo nas soluções, adotando uma postura de determinação e boa-disposição.

 

 

 

Regras do desafio

 

 

Regra n.º 1: Nos próximos 40 dias não vou cismar em pensamentos e sentimentos estéreis. Não vou usar perguntas e vocabulário enfraquecedores.

 

Regra n.º 2: Quando fraquejar vou utilizar logo de seguida perguntas de resolução de problemas que vos falei no post anterior (O que posso aprender com isto?; O que ainda não é perfeito?...) e todas as manhãs e noites farei as perguntas-chave que me servem de fio condutor e não vão despender muito do meu tempo, pois podem ser feitas durante o duche, uma refeição...)

 

Regra n.º 3: Neste período vou ainda focar-me nas soluções em qualquer desafio que surja.

 

Regra n.º4: Se por acaso der por mim a remoer em assuntos que me esgotam, não há motivo para alarme desde que mude imediatamente o padrão.

 

 

Vamos exigir hoje a nós mesmos novos resultados e não vamos ceder a nenhuma chantagem emocional, vamos ter energia o suficiente para enfrentarmos os desafios, vamos sair da zona de conforto, vamos interromper padrões, criar alternativas fortalecedoras perante os obstáculos e vamos criar valor, mudança, novos hábitos: vamos superar-nos!

 

 

 Texto baseado no autor Anthony Robbins

 

 

As perguntas que vão transformar a tua vida

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Escrevo hoje com uma vista maravilhosa sobre o nosso Douro e se há forma de me inspirar é um dia de sol com uma vista soberba.

Trouxe o Antony Robbins como companhia e uma vontade enorme de fazer mais e melhor, de transformar a minha vida, de atrair coisas boas, de ser feliz o maior número de vezes possível e nada melhor do que uma boa convicção para orientar as nossas decisões e o rumo das nossas vidas.

Pois é, e somos nós que criamos a nossa própria realidade, esta definição pode soar um pouco estranha vindo de alguém com formação em Serviço Social, onde o indivíduo é visto como o produto da sociedade, da família e do contexto onde está envolvido. Eu não estou de todo a anular este ponto de vista quero antes que percebam que me refiro ao facto de que não é aquilo que nos acontece que define a nossa vida e que vai delinear a forma como me sinto ou que ajo. Podemos sim e devemos ser resilientes, assumirmos a responsabilidade de analisar as nossas experiências, percebermos o que podemos retirar dali, os olhos com que olhamos determinada situação vão condicionar a nossa ação. Esta análise resiliente trata-se de fazer as perguntas certas que nos conduzem a resultados com qualidade. As perguntas vão orientar os nossos pensamentos e as reações aquilo que nos acontece.

Questionando as nossas limitações irá transformar e esbater as limitações em qualquer área da nossa vida. É chegada a hora de estruturarmos as perguntas que vão fortalecer a nossa ação e que vão atrair as coisas certas:

 

 Como posso tirar partido do que me aconteceu?

 Como posso aproveitar isto para ajudar os outros?

 Quem sou eu?

 O que é que sou capaz agora?

 Em que medida isto me fortalece?

 Como pude ter a sorte de te ter na minha vida? O que é que mais amo no meu marido?

 Até que ponto a nossa relação vai enriquecer as nossas vidas?

 Qual o negócio mais lucrativo?

 O que é que me faz sentir feliz agora?

 O que é que me poderia fazer sentir feliz?

 O que é maravilhoso na minha vida neste momento?

 Que lembranças magnificas eu tenho?

 Que importância tem isso?

 Já pensas-te o impacto que vamos causar com o que criamos?

 Como posso aproveitar esta situação?

 O que posso aprender com isto?

 Como posso dar a volta?

 Como posso acrescentar mais valor?

 O que há de tão importante neste problema?

 O que é que ainda não está perfeito?

 O que estou disposto a fazer para que fique como quero?

 O que estou disposto a deixar de fazer para que fique como quero?

 Como posso desfrutar do processo enquanto faço o que é necessário para ficar como quero?

 De que te orgulhas?

 Quem amas e quem te ama?

 O que é a minha vida?

 O que é que procuro?

 Porque é que estou aqui?

 

Ao invés de nos invadirmos daquelas questões que só vão criar um ciclo vicioso e nos vão aprisionar a um sentimento de impotência:

 

 

 Porque me aconteceu isto a mim?

 Que mal fiz eu para merecer tal coisa?

 E se há alguém melhor?

 Porque só atraio coisas más?

 Será eu vale a pena?

 Porque me fazes sempre isto?

 E se me fizer sofrer?

 Porque só encontro pessoas que me fazem sofrer?

 

Munirmo-nos de um conjunto de perguntas fortalecedoras que os vão conduzir aos resultados que pretendemos pois aquelas questões que deixamos de fazer também irão moldar os nossos resultados.

É possível mudarmos a forma comos nos estamos a sentir no preciso momento e para isso basta mudarmos a nossa perspetiva. A maior parte das vezes vivemos em piloto automático, restringimos a nossa capacidade emocional e os nossos recursos. Somos possuidores de um grande poder à distância de um clique no comando da nossa mente para acionar aquilo que estamos dispostos a fazer para realizarmos os nossos sonhos.

Antes de mais devemos definir de uma vez por todas o que é realmente importante na nossa vida, pelo menos neste momento, parar para avaliar e identificar o nosso antigo padrão limitador, perguntarmo-nos:

 

 Se eu não mudar isto agora quais serão as consequências?

 O que isto me irá custar a longo prazo?

 Como é que a minha vida ficaria se eu mudasse isto agora?

 

As perguntas são o nosso fio condutor e orientam os nossos sentimentos, podemos muitas vezes estar numa posição vencedora mas a sentirmo-nos a perder e para isso precisamos do nosso ritual diário para o sucesso a começar pelas perguntas que fazemos logo pela manhã:

 

 O que me faz feliz na minha vida neste momento?

 Sinto-me entusiasmada com que?

 O que é que me faz sentir orgulhoso no momento?

 O que me faz sentir grato agora?

 O que aprecio na minha vida?

 Em quê me empenho?

 Quem amo e quem me ama?

 

Não só no começo do dia é importante este exercício de preparar a mente para os novos desafios como no final do dia fazermos a retrospeção do que decorreu:

 

 O que dei hoje?

 O que aprendi hoje?

 Como é que o dia de hoje aumentou a minha qualidade de vida?

 De que forma posso aproveitar o dia de hoje como um investimento no futuro?

 

Quer procuremos o que nos fortalece, quer procuremos o que nos enfraquece iremos encontrar. Usar o nosso poder pessoal para ultrapassar os obstáculos é fundamental para vivermos com qualidade. Se podemos mudar agora um padrão eu nos permite transformar a nossa vida e acrescentar-lhe valor, porque não fazê-lo já?

 

 

 

A mente mente

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Sabem quando vos apetece muito ir a um sitio ou fazer determinada coisa? Este ano aconteceu comigo, no Human Fest no Porto.

Tive a oportunidade de assistir a algumas palestras e de entre elas destacou-se "A MENTE MENTE" e onde acabei por deixar de comparecer às restantes para ficar ali, para além da hora a ouvir aquela doçura, loirinha de olho azul chamada Nádia Lima.

 

Não consegui sair sem comprar o seu livro, pedir-lhe um autógrafo com a mensagem pessoal que gentilmente ela se predispôs a escrever finalizada com aquele abraço.

 

Eu realmente senti-me atraída para este evento, coincidência ou não estou inteiramente grata por poder conhecer esta psicóloga life & mental coach que na minha opinião seria antes intitulada "Doutora dos corações".

 

A Nádia, consegue com aquele jeitinho delicado chegar aos nossos corações, apelar à nossa consciência e despertar a nossa atenção para as atitudes que temos numa sacudidela subtil ao nosso ego que está preenchido de medos enganadores, que nos fazer ver e fazer as coisas de outra forma e não como elas são.

 

Talvez nesta fase da minha vida, mais do que nunca tenha feito sentido ouvi-la e ler as suas palavras. Como ela própria nos diz, depois de aprendermos esta consciência, de compreendermos, não dá mais para sermos como antes, nasce uma nova forma de pensamento.

 

Pensamentos criam realidades e nós não somos vítimas de ninguém, a não se de nós mesmos. Por isso às vezes repetimos as mesmas situações nas nossas vidas, precisamos retirar dali uma mensagem, precisamos de uns abanões da vida para largarmos.

 

 

"Não é o que acontece que nos define, mas sim aquilo que fazemos com o que nos acontece."

 

 

A autora fala-nos também sobre a importância da nossa vida e de sermos verdadeiros com aquilo que queremos para nós, sem que constantemente nos anulemos para agradar o outro, fazermos o que o outro quer destruindo os nossos sonhos e a nossa felicidade.

 

Este livro é um convite a nos conhecermos melhor e percebermos o propósito da nossa existência. Uma análise ao nosso eu profundo, aos nossos medos, ciúmes, falta de atenção, que nos fazem ter atitudes orientadas por um Ego. As páginas deste livro são uma viagem à compreensão do EU, à aceitação, consciencialização e apelo à mudança de padrões/modos de fazer enraizados que nos prejudicam, teimam a se reproduzir sistematicamente até tomarmos as radias da nossa vida e deixarmos de ser enganados pela nossa própria mente.

 

Colocarmos de lado os medos é a libertação que precisamos para o nosso crescimento e bem estar. Deixarmos de nos sujeitar a menos que aquilo que merecemos.

 

De que vale tentarmos constantemente controlar o que não é controlável?

 

De que vale sujeitarmos o nosso bem estar, a nossa saúde física e psíquica em prol de um relacionamento que nos sufoca, de um trabalho que nos diminui... tudo pelo simples medo de mudar, do desconhecido, de ficar sozinho, de perder a atenção, de não ser aceite pelo outro, das contas para pagar?

 

Estamos a morrer desde o momento em que nascemos e só vivemos uma vez.

 

 

Valerá a importância que damos ao medo?  Valerá perder a vida em prol do medo de arriscar?

 

 

Não conseguimos controlar nada nem ninguém, é ilusório! Não conseguimos prever o futuro mas continuamos a perder a nossa energia a tentar, não deixando a vida fluir e aproveitar cada pedacinho de presente que nos esta a escapar agora. 

 

Se ainda não surgiu o que procuramos, é porque ainda não chegou a hora, relaxem a vossa mente, silenciem as vossas ansiedades. Silenciem também as vossas dores, pois elas só existem quando não há compreensão, sempre que não retiramos a mensagem que estava presente nelas. Tudo o que é feito com medo acarreta uma carga negativa que não permite dar certo.

 

 

 

O sofrimento é uma escolha, STOP à autossabotagem!

 

 

 

A mensagem que a Nádia nos passa é a de destruirmos as barreiras mentais ilusórias que criamos e de que a compreensão traz libertação. 

Devemos caminhar sem esperar nada, sermos autênticos, focar a mente para o pensamento positivo, deixar de procrastinar e fazer por nós tudo aquilo que merecemos que nos aconteça. Começar a mudar o mundo por nós mesmos!

 

Por apego e medo vivemos coisas que não são para nós, precisamos deixar de lado a vítimização, assumir a responsabilidade pela nossa vida e recomeçar. Perdoar-me e perdoar o outro para nos libertarmos a nós mesmos. Deixar tudo aquilo que não nos faz bem, que nos provoca sofrimento e nos tira a força. Vamos fazê-lo por amor a nós e porque a vida está a passar... 

 

 

Viver é uma opção sem garantias.

 

 

A história da nossa vida somos nós que escrevemos, somos aquilo que fazemos connosco e somos um ser do universo: livres!

Sempre que haja vontade e sempre que for preciso: mudemos!

Façamos por nós, permitamo-nos caminhar em amor e o amor não dói, se dói não é amor.

 

 

Obrigada Nádia por me ajudares a crescer mais ainda enquanto pessoa.

 

 

 

 

 

Onde mora a crise?

 

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Todos falam nela, há quem diga que é ciclica, que está por todo lado e na minha perspetiva ela realmente está por aí como uma praga que teima em não abandonar. 

 

Será que mora no nosso trabalho? No nosso bolso? Na nossa família? No nosso país? 

 

Eu cá defendo que ela está por todo lado tipo um Deus e isto porque "está no meio de nós", mais própriamente na nossa mente, apodera-se dela como um refugio, um lugar fofinho e confortável.

 

Pois é, ela instala-se na nossa cabecinha e é uma espécie de parceria aconchegante para ambas as partes, afinal de contas, assim sempre temos uma justificação para o que se passa connosco, por não  termos emprego, por não vendemos, por não   fazermos aquelas férias tão desejadas.

 

Ela é a verdadeira e única responsável pela desgraça que atravessa a nossa vida...ah se não fosse a crise!

 

Se a vida que temos não nos satisfaz, porque é que continuamos a culpar a conjuntura e nos acomodamos?

 

Se podemos viver melhor, com mais alegria, mais felicidade, mais saúde, mais bonitos, mais realizados porque não lutar por isso?

Tudo pode ser alcançado, desde que se DESEJE, e ACREDITE. Se quisermos, podemos crescer muito e para isso basta começar a mudar alguns hábitos, deixando de lado a ideia pré concebida sobre a crise e a negatividade, mudando radicalmente a forma de pensar e viver.

 

É simples, é barato e dá milhões, vamos em frente na busca de uma vida mais harmoniosa!

 

Lembremo-nos: enquanto uns choram, outros vendem lenços! 

 

Intragável é Estar Parado

 Intragável é estar parado.

Não mudar. Aguentar. Sobreviver. Permanecer.

Mesmo que seja pouco, mesmo que seja insuficiente.

Manter tudo como está apenas para não correr o risco de ficar pior.

Intragável é não perdoar, não ilibar. E só criticar, só apontar, só atacar.

E não criar, não refazer, não imaginar.

Intragável é não acreditar.

Intragável é o que não é maravilhoso, o que não é delicioso, o que não é fantástico, monumental, abençoado, miraculoso, espantoso.

Intragável é acordar para o dia a recusar o dia, a não querer o dia, a não apetecer o dia, a não pensar nas mil e uma maneiras de o tornar inesquecível.

Deixar estar.

Não mexer, não querer a ferida se for através da ferida que se chega à cura.

Ser cauteloso, prevenido. Intragável é o que não é exagerado, o que não é desproporcionado, o que não parece incomportável.

Se não parece incomportável, é insuportável.

Não quero. Não admito. Não me admito.

Intragável é repetir.

Hoje como réplica exacta de ontem e como réplica exacta de amanhã.

As mesmas coisas, as mesmas palavras, os mesmos actos, os mesmos movimentos.

Sempre igual. Sempre o mesmo. Intragável é continuar por continuar, andar por andar, viver por viver. intragável é o normal, o regular.

O que nunca matou ninguém mas que também nunca mudou a vida de alguém.

O que não mexe nas entranhas.

O texto que não revolve, a decisão que não transforma, o beijo que não arrepia, o sexo que não faz gemer, gritar, saltar. Intragável é não estar apaixonado.

Por uma mulher, por um homem, por um gato, por um cão, por um cheiro, por um sol, por uma casa, por uma pele, por um sabor, por um sonho, por um trabalho, por um caminho, por um desejo, por um pecado. Apaixonado. Como um louco. Apaixonado.

Inconsequentemente, desvairadamente.

Sem parar. Apaixonado.

Com todas as veias à procura da paixão, com todo o corpo à procura do prazer.

Intragável é o que não é extraordinário.

E as coisas extraordinárias não exigem actos extraordinários.

As coisas extraordinárias só pedem momentos fáceis.

Tão ordinários como aconchegar um cobertor, partilhar uma sobremesa, dar um mergulho no mar, roubar laranjas da árvore do vizinho, passar a tarde a contar anedotas, ouvir as histórias dos pais, ir ao parque com os filhos, partilhar a mesa com os amigos.

As coisas extraordinárias não te exigem nada de extraordinário.

E é precisamente por isso que são extraordinárias.

Como as pessoas extraordinárias. Ah, as pessoas extraordinárias.

Sou viciado em pessoas extraordinárias. Nas que conseguem feitos incríveis.

Como fazerem-me feliz, por exemplo.

A minha mulher é extraordinária. Tão linda que nem se diz.

E ama-me. Como me ama. Como me quer. Como a quero.

E todos os dias é mais extraordinária. Ai de mim se não fosse.

E o mais difícil é manter a paixão. Evitar o intragável.

O intragável replicar, o intragável vamos andando, o intragável vai-se aguentando.

O intragável gerúndio. Ir vivendo é o mesmo que ir morrendo.

Intragável é o normal. Eu exijo o extraordinário.

E todos os que amo são extraordinários. Sou tão feliz, meu Deus.

Tão feliz.

Mesmo quando choro, mesmo quando dói, mesmo quando custa, mesmo quando parece tão pouco isto tudo que sou, isto tudo que vivo, isto tudo que preciso.

Sou tão feliz.

É tão extraordinário sentir assim, querer assim, existir assim.

Até ao final das vísceras, até ao fundo dos ossos.

Intragável é não sofrer, não custar. Intragável é o que não é demais.

E só o que não é demais é erro. Intragável é não errar, disso estou certo.

Mas mais intragável é não amar.

Amo-te excessivamente, desculpa.

Mas intragável mesmo, não sei se te disse, é não amar.

 

 

Pedro Chagas Freitas, in 'Prometo Falhar'

A vida é feita de recomeços

 

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E se todos os dias fizéssemos novos recomeços, do zero, quer no trabalho, na vida pessoal, nas relações familiares ou no amor?

 

Quando as rotinas tomam conta de nós, o cansaço se apodera, os sentimentos adormecem, a alternativa é 

reinventar-nos e darmos a volta, fazermos o percurso inverso e recomeçar.

 

 

Pode parecer mais do mesmo, perda de tempo ou então podemos encarar como uma oportunidade para fazer diferente, mais e melhor. 

 

Desde sempre ouvimos dizer que nada nesta vida é por acaso e que tudo serve de lição. Pode acontecer de no momento, a água ser insuficiente para encher aquele copo, quando a nossa sede era muita, mas se estamos ali, no mesmo lugar ou com a mesma pessoa, é porque algo precisa ainda ser trabalhado. Insistimos o tempo que for preciso e isso só a nós diz respeito.

 

Um teste à nossa capacidade de querer e de levantar para lutar depois de cair uma, duas, três, quantas vezes for preciso, perder batalhas para que com a soma de todas as lutas se possa vencer a guerra.

 

 

 

O amor é assim

Pelo menos pra mim

Deixa-me do avesso

Tropeço, levanto

e volto pra ti

 

 

 

Há ainda quem diga que tudo o que nos é dado de mão beijada não valorizarmos, não sabemos o quanto custou e só quando arregaçamos as mangas e nos embrenhamos nos desafios é que nos sabe pela vida apreciar os louros desta vitória.

 

Amar dá muito trabalho mesmo! Não há fórmulas mágicas, não há maravilhas sem passar pelo amargo, não há obras primas numa primeira e única tentativa.

 

É esta caminhada com paciência, muita paciência, novos e inúmeros começos, muita análise para entendermos o que esta a falhar e adotar outros modos de fazer.

 

Ninguém nasce ensinado e é na tentativa erro, na prática que chegamos ao objetivo. Envolve tempo, dedicação e amadurecimento.

 

Não tenhamos medo de recomeçar, não há um número de tentativas estipulado, cada um de nós saberá o seu limite e quando é o momento de parar.

 

Não perguntes a ninguém o que fazer com a vida que é tua!

 

Se der vontade de ir, não olhemos para trás, só nós sabemos o caminho que queremos percorrer e os desafios que estamos dispostos a enfrentar outra e outra vez. Estes altos e baixos são naturais e deveriamos saber disso. Não há tempestade sem bonança e é bom que nos habituemos a que assim seja.

 

Cá estamos nós novamente, com aquele mais do mesmo que nos derrete, que nos conhece e que faria tudo de novo conosco.

 

 

Aprende a vender-te!

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Encontrar alguém exactamente igual a nós é tarefa impossível e aí é que está a magia. Somos tantos nesta bolinha redonda, mas nenhum igual a ninguém, somos únicos e especiais.

Com este trunfo na mão, temos a possibilidade de potenciar ainda mais esta exclusividade fazendo valer a nossa marca pessoal nos diferentes aspetos da nossa ação.

 

Apesar de sermos diferentes, a concorrência é muita e começa aí a oportunidade para desenvolvermos a nossa própria marca pessoal, a imagem que passamos aos outros e que influência os nossos relacionamentos e oportunidades.

 

Ser bom não chega se não conseguimos transmitir isso, é necessário darmos a conhecer esta nossa marca, sermos referência e ter uma boa rede de relacionamentos.

 

E tu, sabes vender-te?

 

Isto pode soar um bocadinho estranho, mas a questão é mesmo essa, saberemos nós fazer o nosso próprio marketing pessoal?

 

Para desenvolver a nossa própria marca temos que fazer com que ela seja útil para os outros e recomendada, "põe tudo o que és no mínimo que fazes". Convém que seja interessante, apelativa, capte a atenção de quem queremos que a veja e que tenha valor.

 

Esta marca deve ser autêntica, aquilo que realmente somos, sem farsas, não vendermos gato por lebre pois mais cedo ou mais tarde acaba por se desvendar. Não adianta pregar uma coisa e fazer outra, é importante ter coerência com a nossa visão, missão e valores. Termos um fio condutor das nossas ações, estarmos alinhados e focados.

 

Quanto mais atrairmos simpatia e inspirarmos melhor, mas para isso temos de ter uma boa embalagem tal como um produto na prateleira de um super mercado que nos faz preferir este que tem todo um pacote fofinho ao invés do outro que não nos chama tanto a atenção e até poderá ter um conteúdo melhor. Ainda vou ter problemas com este post.... (ehehehehe).

 

Não fiar só no pacote, porque às vezes o que vem dentro não corresponde ao embrulho. Há que desenvolver corpinho e mente.

 

Tal como um produto ou serviço, temos de estar mais atentos em quê?

 

Concorrência e atualidade. Investimento sistemático na nossa formação, em estarmos a par do desenvolvimento, da sociedade e não sairmo-nos com aquela frase típica de Tuga: "no meu tempo....", afinal o teu tempo é agora ou és um espírito mórbido a vaguear neste mundo?

 

Open mind! Adaptemos a nossa marca, procuremos mais informação, novas competências.

Estagnar é morrer, como dizia a minha professora primária (o trauma foi tal que ainda hoje me lembro): "ficar a ver os carrinhos elétricos passar".

 

Na minha humilde opinião é Interessante pensarmos em nós nesta perspetiva do marketing. Mais uma vez: transforma-te na tua melhor versão e naquilo que gostarias de "comprar". 

Aprende a "vender-te" e a ser um produto apelativo, atreve-te a ser o melhor namorado, o melhor funcionário, o amigo mais prestável, o mais empático, o melhor que alguma vez conseguiste ser.

 

Make it SMART and SEXY!