O amor não é um sentimento, é uma atitude.
Saudosas aulas de psicologia de debate nestas questões dos sentimentos, emoções e atitudes. Há pessoas que não passam pela nossa vida por acaso e esta docente do ISSSP é sem sombra de dúvidas um ser marcante. Gosto de gente e de conteúdo desafiante, que nos faz refletir, que nos faz evoluir como seres humanos lindos que somos. Hoje o tema é o amor e então vamos mesmo ao que interessa.
O amor não é um sentimento. O amor é um ato! Uma atitude em favor do outro...
Sentimos fome, calor, dor, medo, raiva, ansiedade, que acaba mais cedo ou mais tarde por passar. Podemos estar felizes e de um momento para o outro ficamos tristes e isso porque os sentimentos são passageiros.
Podemos então colocar o amor nestes moldes?
Quando gostamos de alguém esse sentimento pode evoluir para amor ou se sentirmos raiva, também pode passar para ressentimento. A raiva também é passageira, muitas vezes temos discussões e pouco tempo depois estamos no mimo, porque será que isto acontece?
Porque:
O amor não se iguala a este contexto de sentimento.
O amor não é frágil. O amor não é um sentimento.
O amor é um ato, uma atitude em favor do outro.
Then, What is love?
O amor é um ato que nos conduz a fazer o bem a outra pessoa.
No último casamento que testemunhei, o meu mais que tudo adorou as palavras pronunciadas durante a cerimónia, fez questão de as sublinhar para mim para me relembrar (porque será?), texto este escrito no capítulo 13 do livro de Coríntios que nos diz:
“O amor é paciente, o amor é prestativo;
não é invejoso, não se ostenta, não se incha de orgulho.
Nada faz de inconveniente, não procura seu próprio interesse, não se irrita, não guarda rancor.
Não se alegra com a injustiça, mas se regozija com a verdade.
Tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.
O amor jamais passará."
Se o amor é paciente: Quantas vezes somos pacientes em nosso dia-a-dia?
Porque é que então sou impaciente com as pessoas que amo?
Se o amor é prestativo, ser prestativo é amar!
O amor é verdadeiro. Tudo desculpa tudo crê, tudo espera, tudo suporta. Isto significa amar mesmo quando o outro não merece ser amado.
Amar consiste em entender o outro, ajudar, ao invés de ficarmos a reclamar das situações do quotidiano.
Treinar, estabelecer objetivos, companheirismo, trabalho em equipa, ou o que quer que lhe queiramos chamar, o que importa é fazer!
Se não nos pronunciarmos, manifestarmos ou concretizarmos uma intenção, será apenas uma vontade invisível aos olhos do mundo. Se a intenção é comunicar realmente como adultos, precisamos falar e concretizar as intenções.
O amor é uma ação concreta de generosidade e crescimento mútuo.
Amor é diferente de capacidade de gerir um relacionamento.
Uns sabem amar, mas são fraquinhos na hora de gerir um relacionamento. Não sabem o tempo certo para sair, ter relações sexuais, fazer declarações, são mesquinhos, descuidados, pouco atenciosos, tem muito amor e pouca ação.
Outros há que são prós em logística amorosa por serem organizados, mas tem pouca vontade e são frios, ou seja muita organização e pouco amor.
Existem ainda os que se não sabem fazer nenhuma das duas coisas e os casais realmente saudáveis que estruturam bem as duas componentes.
Não basta falar "eu amo-te" se, na realidade nos mostramos incapazes de resolver conflitos simples.
Amor e uma cabana não funciona, só em filmes.
Amor e logística são complementares.
A realidade nua e crua é que num relacionamento é necessário existir contexto, dinheiro, cultura, estudo, viagens, lazer, trabalho, tempo de casal, tempo individual, amigos, família...
Quanto mais diversificado é a vida em casal, mais crescimento conjunto há.
E se há citação que eu concordo é a de que o amor não está nas palavras está nas atitudes!