As palavras mudam a tua vida
Vocabulário transformacional para uma maior qualidade de vida
As palavras que utilizamos são a nossa porta de expressão com o mundo, mas também são responsáveis por afetarem a forma como comunicamos connosco e consequentemente a forma como experimentamos a vida. Os pensamentos são discursos que acabam por potencializar ou limitar as nossas possibilidades.
A Programação Neurolinguística é um excelente caminho para quem busca desenvolver uma maneira positiva e correta de se expressar. As nossas palavras definem as nossas emoções, a nossa postura perante os problemas e a vida, assim como na comunicação com o outro, podem mudar a forma como as pessoas se sentem.
Exemplo:
Numa discussão se dizes ao outro que este está a mentir é diferente de dizer que este pode estar eventualmente equivocado. A reação mental e bioquímica de ouvir um “estas a mentir” é entendida como uma agressão.
Aprendermos a mudar o nosso vocabulário, selecionarmos conscientemente as palavras para descrevermos como nos sentimos, altera o modo como pensamos, molda as nossas decisões, controla as nossas ações ao invés das habituais reações, reprograma a mente para uma vida com emoções mais positivas. Podemos assim diminuir os sentimentos mais negativos alterando as palavras habituais.
Exemplos:
- Se costumamos ter uma emoção forte e utilizamos a palavra irritado podemos substituir esta expressão por “estou a sentir-me desconfortável/desapontado/triste”.
- “Estou tão preocupado com isso”, podemos substituir por “um pouco apreensivo”.
- Substituir “Estou frustrado/ Estou deprimido/Estou humilhado” por “um pouco em baixo”
- Quando nos perguntam como te sentes ao invés do habitual “estou bem”, substituir por “muito bem”, “maravilhoso” e “espetacular”.
É esta consciência dos padrões que temos enraizados que nos vai permitir monitorizar o exagero das nossas emoções e fazer verdadeiras transformações na forma como nos comportamos no dia-a-dia.
Outra forma de utilizarmos a linguagem como meio para criarmos uma realidade mais positiva é trocar as palavras negativas por palavras funcionais:
- “Estou a aprenderem vez de “Estou a tentar” ou “Vou tentar”;
- “Vou” em vez de “Vou tentar”;
- “Sou responsável” em vez de “Eu sou culpado”;
- “Vou me lembrar” em vez de “Não me esquecerei”
- “Prefiro isto a isto” em vez de “Eu odeio tal coisa”;
- “Ainda não consigo fazer” em vez de “Não consigo fazer”;
- “Quero fazer ” ou “Decidi fazer” em vez de “Preciso fazer”;
- “Tenho uma questão para resolver” em vez de “Tenho um problema para resolver”;
- “Quando eu conseguir ganhar dinheiro, compro uma casa” em vez de “Se eu conseguir ganhar dinheiro, compro uma casa".
As palavras são como um íman, daí a importância de comunicarmos com cuidado, respeito e gratidão, atraindo coisas benéficas. São a expressão dos nossos pensamentos que, estão relacionados com as nossas crenças, valores, a forma como nos vemos a nós e ao mundo. Estão repletas de sentimentos que podem aceder a memórias de dor ou prazer, de fracasso ou realização, que acabam por impulsionar ou paralisar:
- A PALAVRA NÃO.
O NÃO existe apenas na linguagem e não na experiência. Se experimentarmos pensar na cor azul, conseguimos associar, já se pensarmos em “NÃO”… Não vem nada à nossa mente. Posto isto, é diferente escolhermos falar no positivo, o que queremos e não o que não queremos, pois o NÃO, para ser compreendido, traz à mente o contexto/frase que está associado a ele.
- A PALAVRA MAS, nega tudo o que vem antes.
“Tu até és dedicado, MAS…”. Substituir o MAS por E, TAMBÉM.
- A PALAVRA TENTAR, pressupõe a possibilidade de falha.
“Vou tentar ir amanhã”. Evitar TENTAR, FAZER.
- NÃO POSSO OU NÃO CONSIGO.
Dá a ideia de incapacidade pessoal. Substituir por NÃO QUERO, NÃO PODIA ou NÃO CONSEGUIA, pressupõe que vai conseguir, vai poder.
- AS PALAVRAS DEVO, TENHO QUE OU PRECISO
Depreendem que algo externo controla a nossa vida. Usar em alternativa o QUERO, DECIDO, VOU.
- Falarmos dos problemas ou das descrições negativas de nós próprios, utilizando o verbo no passado.
“Eu tinha dificuldade em fazer isto…”
- Mencionarmos as mudanças pretendidas no futuro utilizando o tempo presente do verbo.
Ao invés de dizermos “Vou conseguir”, optar por “Estou a conseguir“.
- Substituir o SE por QUANDO.
Ao invés de “Se eu conseguir ganhar dinheiro vou viajar”, dizer “Quando eu conseguir ganhar dinheiro vou viajar”.
- Substituir ESPERO por SEI.
Em vez de usarmos “Eu espero aprender isso”, dizermos “Eu sei que vou aprender isso”. ESPERAR suscita dúvidas e enfraquece a linguagem.
- Substituir o CONDICIONAL pelo PRESENTE.
Ao invés de dizer “Eu gostaria de contar convosco”, diga “Eu conto convosco”. O verbo no presente tem mais poder.
Para que estejamos comprometidos nesta mudança de discurso e para que sejamos capazes de nos apercebermos do uso frequentemente de determinadas palavras que nos sugam a energia podemos pedir a alguém próximo que nos alerte sempre que estivermos a desviar o nosso vocabulário anterior do que nos propomos agora a adotar.