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As pegadas da coelha

"Transforma-te na tua melhor versão"

Trail Running = Corrida no monte

 

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Fazer trails é o que está a dar e parece que a moda veio para perdurar.

Os amigos da sapatilha Mountain Ultra Trail Super Runnersssss, todos tem equipa, com um nome todo catita, todos vão apetrechados da cabeça aos pés como se o percurso fosse em direção ao campo de batalha e não pudesse faltar nada.

É as Salomon, as perneiras de compressão, as meias anti-bolhinha, a palmilha adaptada, a calça de compressão, a camisola técnica colorida da equipa, as luvas, os manguitos, os buffs, as bandas da cabeça, o impermeável, o corta vento, a mochila, o cinto ou colete de hidratação, o boné, os bastões, a iluminação frontal, o relógio técnico, o gps, a manta técnica, o apito, o ice gel, as bandas neuromusculares coloridas, as barras energéticas, o gel energético, a powerade, o analgésico.... e eu sei lá mais o quê, ajudem-me se me está a faltar algo.

 

 

 

 

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Lá vamos nós, todos lampeiros, como se um desfile de moda se trata-se, até à primeira poça de lama onde a malta começa a perder a chiquesa, ou não, pois ainda há aquelas dondocas "queques de la Foiz" que pensam mesmo estar em cima de uma passadeira vermelha, cheias de berloques e não me toques a reclamar das condições, das ultrapassagens à bruta, do piso irregular, da falta de guardanapo no abastecimento e da wc atrás das giestas... 

Pois é meus amigos, trail não é a caminhada no Passeio Marítimo de Algés, querem mostrar a saia desportiva rosa, com a meia a condizer e os totós da mesma cor, não será o trail a melhor opção.

 

 

 

 

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Atenção que não estou aqui a criticar quem se cuida e gosta de passar uma boa imagem, estou a criticar sim as manias dos não me toques no meio da mata. Aquele momento em que olhas para o lado e apetece cobrir-te de beijos por seres assim, diferente destes seres.

 

Nhenhices à parte, o trail é sim um dos meus desportos de eleição simplesmente por tudo. Em primeiro lugar eu não aprecio de correr, já por aí se vê que realmente tenho de gostar muito disto para voltar a repetir. É o contacto com a natureza, o descobrir novas paisagens e lugares incríveis, é o convívio, as aventuras, o desafio, a cooperação entre a equipa e entre os restantes participantes sempre prontos a ajudar, o respeito pela natureza e pela sua preservação, são as tainadas após a corrida e as amizades que se ganham. Reparem que nem toquei na palavra correr...

 

 

 

 

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O primeiro trail da nova época foi um dos mais conceituados, na Serra da Arga, evento organizado pelo Carlos Sá. Este ano optei apenas pelos 13 kms, visto que no ano anterior foram vintes e muitos em dia de muito calor, com um nível de exigência considerável para alguém inteligente como eu que se lançou sem treino prévio. Foi um dia repleto de insultos a tudo e todos, inclusive a mim mesma e onde fiz a Cruz para nunca mais.

 

É verdade, o meu corpinho não nasceu para ser atleta, veio com algumas anomalias sobre as quais irei mais tarde debruçar-me e quiçá processar em tribunal quem me fabricou assim.

 

 

 

 

 

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Se nunca experimentaram fazer um trail, garanto-vos que vale realmente a pena mesmo para quem, como eu, dispensa correr.

 

E por amor da Santa, mais vale descerem o nível, soltarem alguns palavrões, pois sempre auxilia no alivio do cansaço e da dor, do que levarem o nariz empinado, tropeçarem no primeiro pedregulho e magoarem-se à séria!

 

 

 

 

 

 

Vamos lá fazer as pazes?

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Nos contos de fadas o príncipe salva a bela adormecida e são felizes para sempre. No mundo real o Brad separa-se da Jolie e os casais tem discussões, irritam-se, insultam-se e amuam.

O nosso príncipe vira sapo, a nossa princesa uma onça e resta-nos saber conviver e reunir um conjunto de estratégias para que se façam as pazes, ou então já sabemos onde tudo vai parar...

Há quem nunca peça desculpas, quem nunca tente uma reaproximação, nunca tome a iniciativa de resolver os conflitos e mesmo que do outro lado esteja quase um santo a relação está certamente condenada.

 

Os casais que estão empenhados em que a relação se mantenha, porque gostam um do outro, encontram pontos para se reaproximarem em vez de deixar que o tempo resolva.

 

As discussões não são muitas vezes sobre o assunto que deu origem à discussão, o problema está associado a sentimentos ocultos e quando estamos inseguros a ansiedade aumenta e disparatamos. Há que perceber o que nos esta a atormentar ou ao nosso parceiro para encontrar um ponto de aproximação.

 

Devemos sim mostrar o nosso degrado, mas fazê-lo de uma forma não violenta, mostrando como nos sentimos diante de tal comportamento da outra parte. As palavras "sempre" e "nunca" devem ser deixadas de lado, não devemos atacar.

 

 

Queremos ter razão ou ter uma relação?

 

 

Há que analisar e assumir a responsabilidade, geralmente ambos erram numa discussão. Dar o passo para a reconciliação certamente fará com que o parceiro também reconheça os seus próprios erros mais cedo ou mais tarde, a não ser que seja um alguém sem cura.

 

Atenção que não temos de ser sempre nós a dar este braço a torcer e a vestir a camisola de quem se humilha, pede desculpa, mesmo tendo sido alvo de um episódio de violência. Há que equilibrar os pratos da balança e ter o discernimento de nos valorizarmos e sabermos o quão esta relação nos poderá estar a afundar.

 

Não devemos ser piquinhas ao ponto de analisar os comportamentos a lupa, devemos sim abraçar a relação ao invés de a tornar desgastante e num jogo de vencedores e vencidos. 

Não interessa quem começou a discussão, interessa o entendimento e a harmonia.

 

Deixemos que o nosso companheiro aprenda por conta própria, não podemos forçá-lo a ver o problema da mesma forma que nós o vemos. Não esperemos pelo pedido de desculpas que não chega mas perdoemos de qualquer forma, como forma de aceitar as imperfeições da pessoa e o tornar menos defensivo. Tudo em modo q.b por favor.

 

 

Vamos lá ver quem consegue fazer este exercício de expressar o nosso ponto de vista sem violência:

 

“Eu sei que não me querias magoar ao esquecer do nosso jantar de aniversário, só que ainda me sinto triste, e quero acreditar que não fizeste de propósito e que tentas lembrar-te na próxima vez, certo?”

 

 

Dicas para o entendimento:

 

  • Se nos sentimos sempre a perder ou se terminamos sempre a discussão a implorar por perdão, mesmo quando estamos acreditamos estar certos, isto serve de lição para identificar uma relação manipuladora.
  • Se a discussão for parecida com aquelas que tivemos pode significar que mantemos os mesmos problemas sem perceber, pode ser que estejamos diante de uma relação que não é a combinação perfeita.
  • Conversar e escutar calmamente para evitar que se discuta novamente.

 

 

 

Numa relação satisfatória há pelo menos cinco momentos positivos por cada momento de tensão. Se estamos no momento menos bom, vamos lá contornar e passar à fase das coisas boas da vida.

 

Deixa de lado o ressentimento, a arrogância, não amues, não esperes, não te desgastes. Sentir orgulho de nós é importante, mas ao ponto de não ver mais nada é fazer a própria cama.

Esfriem a cabeça antes de continuar a discussão e combinem não adormecerem chateados, 

 

Escolhe ABRAÇAR 

Escolhe PERDOAR

Escolhe AMAR

Escolhe SER FELIZ

Escolhe FAZER O OUTRO FELIZ 

 

 

Ellie Goulding - Love Me Like You Do

Onde mora a crise?

 

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Todos falam nela, há quem diga que é ciclica, que está por todo lado e na minha perspetiva ela realmente está por aí como uma praga que teima em não abandonar. 

 

Será que mora no nosso trabalho? No nosso bolso? Na nossa família? No nosso país? 

 

Eu cá defendo que ela está por todo lado tipo um Deus e isto porque "está no meio de nós", mais própriamente na nossa mente, apodera-se dela como um refugio, um lugar fofinho e confortável.

 

Pois é, ela instala-se na nossa cabecinha e é uma espécie de parceria aconchegante para ambas as partes, afinal de contas, assim sempre temos uma justificação para o que se passa connosco, por não  termos emprego, por não vendemos, por não   fazermos aquelas férias tão desejadas.

 

Ela é a verdadeira e única responsável pela desgraça que atravessa a nossa vida...ah se não fosse a crise!

 

Se a vida que temos não nos satisfaz, porque é que continuamos a culpar a conjuntura e nos acomodamos?

 

Se podemos viver melhor, com mais alegria, mais felicidade, mais saúde, mais bonitos, mais realizados porque não lutar por isso?

Tudo pode ser alcançado, desde que se DESEJE, e ACREDITE. Se quisermos, podemos crescer muito e para isso basta começar a mudar alguns hábitos, deixando de lado a ideia pré concebida sobre a crise e a negatividade, mudando radicalmente a forma de pensar e viver.

 

É simples, é barato e dá milhões, vamos em frente na busca de uma vida mais harmoniosa!

 

Lembremo-nos: enquanto uns choram, outros vendem lenços! 

 

Intragável é Estar Parado

 Intragável é estar parado.

Não mudar. Aguentar. Sobreviver. Permanecer.

Mesmo que seja pouco, mesmo que seja insuficiente.

Manter tudo como está apenas para não correr o risco de ficar pior.

Intragável é não perdoar, não ilibar. E só criticar, só apontar, só atacar.

E não criar, não refazer, não imaginar.

Intragável é não acreditar.

Intragável é o que não é maravilhoso, o que não é delicioso, o que não é fantástico, monumental, abençoado, miraculoso, espantoso.

Intragável é acordar para o dia a recusar o dia, a não querer o dia, a não apetecer o dia, a não pensar nas mil e uma maneiras de o tornar inesquecível.

Deixar estar.

Não mexer, não querer a ferida se for através da ferida que se chega à cura.

Ser cauteloso, prevenido. Intragável é o que não é exagerado, o que não é desproporcionado, o que não parece incomportável.

Se não parece incomportável, é insuportável.

Não quero. Não admito. Não me admito.

Intragável é repetir.

Hoje como réplica exacta de ontem e como réplica exacta de amanhã.

As mesmas coisas, as mesmas palavras, os mesmos actos, os mesmos movimentos.

Sempre igual. Sempre o mesmo. Intragável é continuar por continuar, andar por andar, viver por viver. intragável é o normal, o regular.

O que nunca matou ninguém mas que também nunca mudou a vida de alguém.

O que não mexe nas entranhas.

O texto que não revolve, a decisão que não transforma, o beijo que não arrepia, o sexo que não faz gemer, gritar, saltar. Intragável é não estar apaixonado.

Por uma mulher, por um homem, por um gato, por um cão, por um cheiro, por um sol, por uma casa, por uma pele, por um sabor, por um sonho, por um trabalho, por um caminho, por um desejo, por um pecado. Apaixonado. Como um louco. Apaixonado.

Inconsequentemente, desvairadamente.

Sem parar. Apaixonado.

Com todas as veias à procura da paixão, com todo o corpo à procura do prazer.

Intragável é o que não é extraordinário.

E as coisas extraordinárias não exigem actos extraordinários.

As coisas extraordinárias só pedem momentos fáceis.

Tão ordinários como aconchegar um cobertor, partilhar uma sobremesa, dar um mergulho no mar, roubar laranjas da árvore do vizinho, passar a tarde a contar anedotas, ouvir as histórias dos pais, ir ao parque com os filhos, partilhar a mesa com os amigos.

As coisas extraordinárias não te exigem nada de extraordinário.

E é precisamente por isso que são extraordinárias.

Como as pessoas extraordinárias. Ah, as pessoas extraordinárias.

Sou viciado em pessoas extraordinárias. Nas que conseguem feitos incríveis.

Como fazerem-me feliz, por exemplo.

A minha mulher é extraordinária. Tão linda que nem se diz.

E ama-me. Como me ama. Como me quer. Como a quero.

E todos os dias é mais extraordinária. Ai de mim se não fosse.

E o mais difícil é manter a paixão. Evitar o intragável.

O intragável replicar, o intragável vamos andando, o intragável vai-se aguentando.

O intragável gerúndio. Ir vivendo é o mesmo que ir morrendo.

Intragável é o normal. Eu exijo o extraordinário.

E todos os que amo são extraordinários. Sou tão feliz, meu Deus.

Tão feliz.

Mesmo quando choro, mesmo quando dói, mesmo quando custa, mesmo quando parece tão pouco isto tudo que sou, isto tudo que vivo, isto tudo que preciso.

Sou tão feliz.

É tão extraordinário sentir assim, querer assim, existir assim.

Até ao final das vísceras, até ao fundo dos ossos.

Intragável é não sofrer, não custar. Intragável é o que não é demais.

E só o que não é demais é erro. Intragável é não errar, disso estou certo.

Mas mais intragável é não amar.

Amo-te excessivamente, desculpa.

Mas intragável mesmo, não sei se te disse, é não amar.

 

 

Pedro Chagas Freitas, in 'Prometo Falhar'

Hoje aqui, no palco das grandes decisões.

 

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Dou por mim e aqui estou eu, diante do mesmo mar, do mesmo por do sol, do mesmo chã, dos mesmos pensamentos, da mesma vontade de vencer.

Na melhor companhia, num relaxamento inspirador, envolvida nesta brisa marítima combinada com o aroma de menta que se difunde do bule. Os scones sabem a mimo para quem não troca estes momentos por nada. 

Envolvida nesta bossa enrolada no desfazer das ondas.

 

Porque será que há lugares que nos atraem? Quando damos por nós estamos no mesmo sítio, na mesma companhia, com a mesma inspiração, nos mesmos cheiros, sabores e sons.

 

Nos momentos de viragem sou atraída para o mesmo refúgio, atuando no mesmo palco com cheirinho de mudança.

 

(Já pareço um nativo do signo de peixes com tanta lamechice.)

 

Ao fundo, no horizonte, as aves migratórias abandonam este (P)orto, fazem lembrar aquelas frases batidas: a vida é feita de lutas e recomeços, de altos e baixos, de ciclos, de voos, de futuros incertos, de escaladas... mas, ah como é bom apreciar a vista do cimo!

 

 

 

 

"Enfim duma escolha faz-se um desafio
enfrenta-se a vida de fio a pavio
navega-se sem mar, sem vela ou navio
bebe-se a coragem até dum copo vazio
e vem-nos à memória uma frase batida
hoje é o primeiro dia do resto da tua vida

E entretanto o tempo fez cinza da brasa
e outra maré cheia virá da maré vaza
nasce um novo dia e no braço outra asa
brinda-se aos amores com o vinho da casa
e vem-nos à memória uma frase batida
hoje é o primeiro dia do resto da tua vida."
 
 

 

 

 

 

 

Junta-te a quem faz planos

 

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Sonhar é gratuito e pelo menos para já, ainda não se paga imposto. Quem é sonhador, pois nem todos nascemos com este dom, sabe o bom que é quando fazemos planos, quando projetamos a nossa vida, quando procuramos o melhor para nós e para quem nos rodeia.

 

Dentro de cinco anos vamos de férias para as Bahamas, vamos ter o nosso cantinho, vamos abrir uma empresa, vamos ter um cão...

 

Se estamos num relacionamento onde não há vontade de fazer planos a longo prazo, pode ser porque não vemos um futuro longínquo nesta relação.

 

Não importa o quê, mas sim que planeiem, desde que seja um objetivo comum que vos mantém ativos e certamente será um bom condutor para fortalecer os laços.

 

Planear inspira, alimenta, dá fôlego. Ter metas, sonhos dá força e faz-nos ultrapassar as dificuldades com outra garra, dá outra leveza, sentimento de que "unidos fazemos a força".

 

Ninguém pode prever o amanhã, ou saber se as relações vão durar, mas também em nada adianta viver o medo de investir na mesma, de fazer, de acreditar, de desiludir. Pelo contrário, devemos colocar nesta relação a nossa energia positiva se acreditamos que tem todo o potencial para dar bons frutos, independentemente se isto possa durar meses ou anos. Ao acreditarmos, ao dár-mos de nós só por si já estamos a contribuir para esta durabilidade.

 

E se não durar? Paciência, não estávamos a contar, mas também não sofremos por antecipação.

 

Apostar, projetar coisas grandiosas é fabuloso, muito mais é conseguir concretiza-las podendo sentir o gosto dessa vitória e melhor ainda "a dois". Estes sentimentos unem o casal e dão mais força para que continuem juntos.

 

Se temos razões suficientes, podemos fazer qualquer coisa. As razões são as diferenças entre estar interessado e estar empenhado em realizar alguma coisa. Por vezes dizemos querer, mas só estamos interessados nelas durante algum tempo.

É crucial estar totalmente empenhados em tudo o que for preciso para realiza-las. Se temos um motivo forte podemos fazer qualquer coisa neste mundo.

 

 

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